Quarta-feira, 26 de Setembro de 2007

Escolas sem Interpretes de Língua Gestual

    Ainda não há resultados do concurso para apoio especializado a alunos
O Ministério da Educação está a preparar um novo programa de língua gestual portuguesa como língua materna, no âmbito de um decreto-lei que vai ainda determinar que os professores deverão ser, preferencialmente, surdos. Uma iniciativa que é pretendida há muito pelas associações da comunidade portuguesa e que decorre numa altura em que o novo ano lectivo se inicia com falhas no que diz respeito ao acompanhamento dos alunos surdos. As aulas já começaram, mas os intérpretes ainda não chegaram às escolas.

De acordo com Arlindo Ilídio Oliveira, presidente da Federação Portuguesa de Associações de Surdos, "ainda não saíram os resultados dos concursos para intérpretes e formadores e, portanto, estes já vão chegar atrasados para apoiar os alunos". Assim, adianta ainda o responsável da FPAS - que organiza até amanhã a Conferência Internacional sobre Língua Gestual no Ensino, a decorrer no Porto - "o ano lectivo já começou, mas falta-nos informação para saber como vai correr".

É que este ano está em curso uma estratégia de concentração de alunos com necessidades educativas especiais e de professores especializados em agrupamentos de referência. A FPAS manifesta reservas sobre esta medida, mas por enquanto, diz, "vai acompanhar a situação". Margarida Moreira, directora regional de Educação do Norte, explica que "este é um ano de transição" e que continuam a ser estudadas as actuais opções de concentração, também em termos de localização das unidades de referência, para ver se são "as mais adequadas". Mas a ideia, explica, é "mudar o paradigma e deixar de ter professores especializados sozinhos em escolas, porque o isolamento não gera crescimento".

Entretanto, a comunidade de surdos portuguesa aguarda as iniciativas ministeriais nesta matéria, porque, até agora, diz Arlindo Ilídio Oliveira, "apesar de se estar no bom caminho, ainda não há acções concretas". A deputada Maria José Gamboa - da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, que está actualmente a elaborar um relatório sobre o tema - assinala os últimos avanços, nomeadamente a preparação do decreto-lei que estabelece a importância da "educação em ambiente bilingue", assim como a defesa dos surdos como professores de língua gestual portuguesa. Este ano, afirmou ainda a deputada, foram colocados nas escolas 263 técnicos de apoio especializado, contra os 153 de 2006/07. Mas, reconhece, "muito está ainda por fazer em Portugal".

                                                                                             Elsa Costa e Silva

                                                                         Diário de Noticias, edição de 23/09/2007

 

Estive presente nesta Conferência Internacional sobre a "Língua Gestual no Ensino" e, lamantavelmente a Sra. Ministra da Educação que era suposto estar presente, por razões pessoais não pode estar no entanto, fez-se representar pela Directora da DREN que pelo seu discurso está ainda fora da realidade e pintou a coisa muito bonita, pois é esta senhora possivelmente não deve saber o que é concorrer todos os anos e nunca conseguir colocação, possivelmente nunca esteve desempregada, secalhar graças ao factor "C", nunca vamos saber!

Mas, uma das frases citadas foi: " O Curriculum da Língua Gestual Portuguesa, está pronto!"

Eu pergunto, Onde? Onde está para todos termos acesso a ele, para todos podermos consultar? Mas, polo menos sabemos que está pronto! Que alivio!

Desculpem lá, isto é tudo uma palhaçada!

Supostamente, o Sr. ministro do Ensino Superior, tambem estaria convidado mas, por razões pessoais ou protocolares..... também não pode estar presente!!!!

Não sei porque mas, quando lhes cheira a barraca.... fogem sempre!!!

Vamos ter esperança, sim porque para essa precisamos de ter mesmo!

No entanto devo dizer que gostei muito da conferência, apesar de a treta ser sempre a mesma, sempre as mesmas pessoas a traduzir para Lingua Gestual e para Lingua Oral , sempre os mesmos convidados.... mas será este mundo assim tão pequeno?

Não compreendo!

Desculpem lá o desabafo!

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publicado por palavrasnosilencio às 09:20

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Quinta-feira, 19 de Julho de 2007

Ensino regular penaliza surdos


 

Lingua gestual deve ser aprendida antes dos 3 anos de idade


As crianças surdas profundas integradas no ensino regular estão mais sujeitas ao abandono escolar precoce. À falta de um apoio educativo continuado, sentem-se perdidas na sala de aula. Um estudo recente realizado por uma investigadora da Faculdade de Medicina do Porto veio revelar que as crianças que beneficiam de um ensino com o apoio da linguagem gestual demonstram uma clara vantagem, quer na aprendizagem, quer na socialização e desenvolvimento psicológico.

Frustradas e ansiosas. É assim que as crianças surdas integradas no ensino regular se sentem, segundo a investigadora Ivone Duarte, autora de uma tese de investigação intitulada "Igualdade de Oportunidades para a Criança Surda". "A falta de uma língua de comunicação com os falantes impede-as de desenvolverem a sua socialização", referiu.

Ivone Duarte desenvolveu o seu estudo junto de dois grupos de crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos um deles, constituído por menores integrados no ensino regular; o outro, englobando alunos que frequentavam escolas de ensino especial, onde são utilizadas as línguas portuguesa e gestual.

"Nas escolas do ensino regular, os professores não utilizam a língua gestual, o que significa que a criança está na sala de aula, mas não é capaz de acompanhar os trabalhos, porque é surda", explicou.

Segundo a investigadora, estas crianças apenas contam com o apoio de um intérprete de língua gestual, que vai à escola uma ou duas vezes por semana, e de um professor de ensino especial que, muitas vezes, não é especializado em surdez.

Em contrapartida, Ivone Duarte verificou que nas escolas de ensino especial as crianças surdas beneficiam da aprendizagem da língua gestual, com que podem facilmente comunicar com ouvintes e outros surdos, já que todos dominam a mesma linguagem.

"As crianças surdas integradas no ensino regular estão em clara desvantagem em relação às crianças que frequentam uma escola de ensino especial. Enquanto aquelas ficam com o seu desenvolvimento comprometido, estas, porque dominam a língua gestual, vivem mais calmas e mais seguras", revelou.

Por outro lado, a investigadora assegura que quanto mais cedo a criança começar a aprender a linguagem gestual, melhor para o seu desenvolvimento.

"Está provado que o período ideal para o início da aprendizagem da língua gestual é antes dos 3 anos de idade, pois é quando a criança aprende melhor", sublinhou

Ivone Duarte realçou, ainda, que a capacidade de aprendizagem da criança surda naquela idade é igual à de qualquer criança ouvinte. "Têm ambas a mesma capacidade, apenas necessitam é de instrumentos diferentes. Mas ambas precisam de dominar uma linguagem", referiu. Recorde-se que a língua gestual está oficializada na Constituição desde 1987.


Mais cursos e rastreios

A criação de escolas bilíngues, onde as crianças surdas possam iniciar a sua aprendizagem ainda antes dos 3 anos de idade, é uma das propostas feitas pela investigadora Ivone Duarte.

"Também é muito importante que sejam divulgados cursos de língua gestual junto dos pais, pois a comunicação na família é fundamental para o desenvolvimento das crianças", defendeu.

A investigadora da Faculdade de Medicina do Porto salientou que 95% das crianças surdas são filhas de pais ouvintes. "Há pais que têm muita dificuldade em se relacionar com as crianças e desconhecem a existência de cursos de língua gestual", informou.

Por outro lado, Ivone Duarte defendeu a necessidade de implementar o rastreio de surdez neonatal em todos os hospitais e maternidades. "O número de estabelecimentos que fazem esse rastreio é, infelizmente, diminuto. E, na verdade, quanto mais cedo for detectada a surdez na criança, melhor são as hipóteses de o menor aprender rapidamente a língua gestual".

  

 

  Fernando Basto

 Manuel de almeida/lusa                                                                      

 

                                                                            Jornal de Noticias

                                                                     Edição de 19/07/2007

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Quinta-feira, 17 de Maio de 2007

Noticia - A língua Gestual no Ensino Básico

Ol á Pessoal,

Antes de mais gostava de agradecer a todos aqueles que j á visitaram o meu Blog, pois graças a essas pessoas j á tive 750 visitas!!!!

 

Hoje, vim aqui colocar uma noticia que encontrei na Internet, que nos diz que o Nosso Governo, vejam só, O NOSSO GOVERNO, vai introduzir a língua Gestual Portuguesa no Programa Curricular das Escolas.   Só  acredito, vendo!

 

De qualquer forma, a ser verdade, EXCELENTE! Pode ser que eu finalmente arranje trabalho na minha á rea! AI, FICAVA TÃO FELIZ! Mas, sinceramente, parece-me mais uma daquelas promessas para consolar a barriguinha dos Portugueses!

Tenho  fé que um dia as coisas mudem, e que a população em geral possa aprender Língua Gestual logo no inicio da sua vida ( durante a  vida escolar) e que l a para o ano 2050, as pessoas surdas j á não tenham entraves á sua inclusão numa sociedade que se diz desenvolvida mas que na realidade não est á preparada !

Enfim, teria aqui imenso para falar e nem o resto da tarde chegaria para mostrar a minha revolta por este tipo de coisas!  

 

O Governo vai introduzir um programa curricular de língua gestual portuguesa, cobrindo toda a população escolar surda no ensino b á sico e secund á rio, no ano lectivo 2007/08. Além disso, espera que até 2009, um universo de 700 alunos cegos e com baixa visão tenham à sua disposição manuais escolares e outros livros em formato digital.

Estas são duas medidas integradas no Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade, ontem apresentado pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Tal como o DN ontem adiantou, residência, educação e emprego dos deficientes são á reas privilegiadas de intervenção.

Concebido pela equipa da Secretaria de Estado para a Reabilitação, que ouviu não só os deficientes e as suas famílias, como ONG, académicos e autarcas, "este plano é um marco nas políticas sociais", considerou a secret á ria de Estado Id á lia Moniz. E enfatizou o facto de se tratar de uma acção transversal (envolvendo as equipas do Emprego, Saúde e Educação) e de ser um plano de cariz social. "Queremos agir sobre o meio e não sobre as pessoas com deficiência", disse.

Entre as 15 medidas centrais ontem apresentadas pela secret á ria de Estado destacam-se a criação, em todo o País, de 20 unidades residenciais, ou seja, apartamentos de residência autónoma que vão acolher no m á ximo cinco pessoas cada.

Além disso, até 2009, o Governo espera criar 550 novos lugares em residenciais para jovens e adultos com deficiências e dependentes - o que representa um aumento até 15 por cento da capacidade de acolhimento. Isto apesar de a ideia subjacente a este plano ser "a promoção da integração e da desinstitucionalização do deficiente", afirmou Id á lia Moniz.

O Governo quer promover em dois anos a reabilitação profissional de 800 trabalhadores que devido a acidentes de trabalho ficaram com uma deficiência e não estão no activo. E destacam-se ainda os protocolos com 20 empresas-chave " para receberem 400 estagi á rios, "com uma meta de 50% de inserção no mercado de trabalho".

A sensibilização, as ajudas técnicas (apoios para aquisição de equipamentos), a intervenção precoce (dos zero aos três anos) e a criação da figura do Técnico de Referência (a pessoa que faz a ligação entre a família e o seu centro de Segurança Social) são outras medidas que visam, antes de mais, a promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência e a sua integração social. O plano est á em discussão pública nos próximos dois meses e começar á a ser aplicado no final do primeiro semestre deste ano.

                                                    

                                                                                    in Di á rio de Noticias

sinto-me: com esperança
publicado por palavrasnosilencio às 16:11

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